Seja bem-vindo ao Madelyn Cline Brasil, sua maior e melhor fonte brasileira sobre a atriz Madelyn Cline. Aqui você encontrará informações sobre seus projetos, campanhas e muito mais, além de entrevistas traduzidas e uma galeria repleta de fotos. Navegue no menu e divirta-se com todo o nosso conteúdo. Somos um fã site não-oficial, sem fins lucrativos e não possuimos qualquer ligação com Madelyn Cline, sua família ou seus representantes. Esperamos que goste e volte sempre!


postado por: madelynclinebr 30.03.22

Quem aí lembra da colaboração da Madelyn com a marca Set Active?

Em 2020 foi lançada a coleção MC x Set Active, em que todos as peças foram escolhidas por ela. A CEO da Set, Lindsey Carter, anunciou seu novo projeto no começo do ano: o podcast Ready, Set, Spill! e uma de suas primeiras convidadas foi a Madelyn.

O episódio ‘Making it in the Entertainment Industry’ foi liberado hoje. Madelyn falou um pouco de como está sua vida agora, como foi conhecer fãs na Europa, gravar Knives Out 2, sua vida antes da atuação e muito mais.

Confira um pequeno resumo do podcast:

Após uma pequena introdução, Lindsey fez algumas perguntas rápidas para Madelyn.

Cachorros ou Gatos? Cachorros
Música favorita para cantar no karaokê? Gimme! Gimme! Gimme! do ABBA
Apelido que seus pais te chamavam quando criança? Butterbean
Viajar para o passado ou futuro? Futuro
Algo que você não consegue viver sem? Macha
Celebridade que ficou deslumbrada? Whoopi Goldberg
Conta favorita no Instagram? Set Active
Última musica que voce adicionou a sua playlist? 9 to 5 de Dolly Parton
Maior medo? Na verdade não sei se tenho. Talvez acidente de carro.
Onde voce se sente mais feliz? Com meus amigos, com todos, rodeada de amor e pessoas.
Seu encontro mais estranho com fã? Me deram uma White Claw (bebida alcóolica) e tenho certeza de que eles eram menores de idade. E eu estava dirigindo, eu fiquei tipo ‘não sei se quero endossar esse tipo de coisa’. Tipo… obrigada, mas não sei o que fazer.
Se alguém fosse tornar esse capitulo da sua vida em um filme, como seria chamado? ‘Fazendo o seu melhor’. Eu não sei, sinto que é uma resposta horrível. Um titulo horrível. Deveria ser ‘vinte e poucos anos’, toda a farra e as merdas que acontecem.

Ao ser perguntada como têm sido esses últimos anos, ela respondeu:

Aconteceu tanta coisa desde que nos vimos pela última vez. Acabamos de filmar a segunda temporada de Outer Banks, logo depois fui para a Grécia e a Sérvia para filmar Knives Out 2 (que estou muito animada, foi uma experiência única na vida), fui no meu primeiro ‘mês da moda’ em Milão e Paris… E aí fui passeando pela Europa porque, você sabe, é barato para viajar por lá. Aí eu voltei, consegui ver minha família um pouco, agora estou em Los Angeles e vendo amigos que não via há algum tempo. Estou conhecendo pessoas maravilhosas… Tem sido o mais frenético e gratificante hiatus de sempre. Agora estamos prestes à voltar para filmar a terceira temporada.

Sobre a principal mudança em sua vida desde que Outer Banks foi lançada, Madelyn afirma:

Nunca em meus mais loucos sonhos eu pensei que estaria nessa posição. Nunca. E eu sou muito grata por tudo, sinto que sou incrivelmente abençoada. A coisa mais difícil de me ajustar foi a falta de anonimidade às vezes. Como todos têm uma opinião sobre tudo. E tudo bem, todo mundo tem direito de ter sua opinião, mas às vezes é difícil, é como se você não conseguisse ouvir seus próprios pensamentos. Eu me importo muito com o que as pessoas pensam… então às vezes tenho que dar um passo para trás e me afastar. Tem sido uma dificuldade contínua conviver com as mídias sociais. Eu acho que é uma ferramenta incrível para se conectar com pessoas que assistem a série, e eu amo interagir, ver comentários etc. Mas tem sido difícil me ajustar porque a realidade é que não é a realidade… é como uma realidade filtrada. É difícil me acostumar, mas ao mesmo tempo é animador porque consigo conhecer pessoas. Quando estava na Fashion Week em Paris eu conheci as adolescentes mais adoráveis que são fãs da série e na Sérvia também. Nunca sonhei que estaria na Europa e conhecendo pessoas que gostam da série. É muito doce. Tem uma dualidade aí.

Ao ser perguntada sobre sua infância, Madelyn conta sobre sua educação e seu amor por literatura:

Sou filha única e meu pai trabalhava muito. Vivia viajando, e minha mãe gostava de acompanhá-lo… então por uns dois anos eu estudei em casa – isso acabou sendo até a formatura. Isso me ajudou a saber separar meu tempo e organizar meu dia, o que me ajuda muito com o jeito que minha vida é agora.

Eu tive essa professora incrível de literatura, ela dava aula de literatura online. Ela absolutamente me fez me apaixonar por livros e narração de histórias. Eu amava ler quando criança, mas nunca pensava muito sobre o que estava lendo. E aí do nada eu não conseguia parar de pensar sobre diferentes referências, o duplo sentido escondido, os personagens… se tornou meio que uma obsessão em literatura. Eu sabia que queria contar histórias, só não sabia como. Os roteiros se tornaram um meio de conhecer novas histórias e interpretá-las de um novo jeito na frente da câmera.

Sobre sua mudança repentina à Los Angeles após largar a faculdade, ela contou:

Minha mãe ficou tipo…ok. Eu lido com o seu pai. Minhas colegas de quarto da faculdade achavam que eu estava louca, porque comecei a colocar tudo nas malas e falar que estava indo para Los Angeles.

Ao chegar lá, me mudei para o único apartamento que aprovava fiador de fora do estado, e nem dois meses depois o lugar ficou infestado por percevejos.

Acabei conhecendo minha colega de quarto em Stranger Things – Abbey – e ela aguentou todas as palhaçadas. Nos apenas nos conhecemos em um dia e falamos ‘vamos ser colegas de quarto’. Nessa época eu mal estava indo para audições. Eu tinha um saco de roupas no meu carro, estava apenas levando dia após dia.

Eu encontrei uma barreira quando cheguei aqui. Pensava que estava gastando todo o dinheiro guardado na faculdade para nada. Eu comecei a me inscrever em cursos, porque acho que perseguir algo é melhor do que apenas esperar – então me sentia produtiva. Eu dirigia meus amigos para suas audições, praticava suas falas e não sei… isso ajudava. (…) Fui lentamente seguindo adiante.

Após contar como conseguiu o papel de Sarah Cameron em Outer Banks, Madelyn conta como foi a espera para o lançamento da série:

Foi louco depois que lançaram o trailer. O trailer foi um sucesso. Conseguimos acho que um milhão de visualizações, e eu fiquei tipo… Meu Deus, um milhão de pessoas viu isso! É um pouco aterrorizante. Estava nervosa, mas também aliviada que finalmente tinha sido lançado. Você meio que sente como se não conseguisse soltar a respiração até que isso aconteça. Tem uma realização que você chega depois de tudo: ‘já foi, o trabalho foi feito, fizemos o nosso melhor e nos divertimos fazendo isso, não importa o que aconteça’. (…) Acho que as vezes subestimo quantas pessoas assistiram a série. Ainda fico surpresa quando as pessoas me param e pedem foto. Às vezes fico com borboletas no estômago porque ainda é surpreendente pra mim.

Ao ser perguntada como filtrar as oportunidades recebidas, Madelyn fala:

Tem muita coisa que é filtrada por causa das agendas. Tem muitas coisas que não posso fazer por causa das gravações de Outer Banks. Então isso já ajuda a filtrar, praticamente posso fazer filmes no tempo que tenho livre. Os roteiros que eu tenho lido e tenho recebido são muito animadores e incríveis. Eu sempre fico animada quando recebo um roteiro. Mas alguns apenas te atingem. Eu li um recentemente que me fez chorar no avião. Algumas vezes acende algo em você e te deixa curiosa. Acho que é assim que você sabe que realmente se conectou com o roteiro.

Sobre o que significa a palavra ‘fracasso’ em sua vida, ela responde:

O meu pesadelo é não trabalhar de novo, mas não vejo isso necessariamente como um fracasso. Acho que fracassos, pelo menos para mim, têm sido oportunidades disfarçadas. Por exemplo, eu queria muito que algo funcionasse e essa coisa deu errado, mas na época não tinha percebido que algo melhor vinha por aí.

Às vezes você acha que atingiu uma barreira, mas acaba dando de cara com algo ainda mais interessante ou melhor. Quando eu estava me preparando para Knives Out, eu tava tão nervosa. Com medo de fracassar. Com medo de estar perto de atores muito bem sucedidos, de ficar em contraste com eles. É uma ansiedade. No final, é tudo sobre confiança. Confiar que você está onde está por um motivo, mas às vezes é tão difícil com a síndrome do impostor e ansiedade. Todos os dias eu ficava sentada em uma mesa escrevendo algumas coisas, ideias e coisas da personagem…algumas vezes parecia um pouco obsessiva, porque estava nervosa. Eu chegava com algumas ideias e às vezes no ensaio não funcionava. Então é aquilo… precisei mudar de direção. Não é como um fracasso, porque eu ainda não estava com as expectativas de todo mundo e recebendo a energia dos meus colegas de elenco. Então acabou sendo um acidente feliz, foi muito mais perfeito do que eu pensava. Me ensinou a sair um pouco dos meus pensamentos.

Alguns dias eu estou muito pensativa, tão preocupada com o que está acontecendo na minha cabeça que eu nem consigo formular uma frase. Às vezes eu preciso ficar sozinha, às vezes preciso estar na companhia de outras pessoas… eu não sei. Alguns dias eu me sinto muito livre, muito confortável com o meu corpo. É uma dualidade. O que ajuda é fazer algo que me mantenha no chão, uma rotina. Seja fazer pilates, ou comprar meu macha…(sou tão regular no Blackwood que o macha virou um dos produtos populares deles. Eu pedi para eles escreverem a receita para eu fazer sozinha quando estou em Barbados). Mas fazer algo simples assim me ajuda a silenciar o que acontece na minha cabeça.

Confira o episódio completo aqui.